Um estudo realizado no Canadá mostrou que a técnica cirúrgica minimamente invasiva para o tratamento do descolamento de retina oferece aos pacientes uma visão mais nítida, menor distorção e menos efeitos colaterais.
Embora não tão frequente, o descolamento de retina é uma doença ocular muito grave. Ele não causa dor e a perda de visão pode ocorrer rapidamente. Tudo isso ocorre quando a retina, que é uma das camadas internas do olho, se desprende da parede interna do olho, separando-se do epitélio da retina. As pessoas mais suscetíveis a desenvolver o descolamento de retina são pacientes com alto grau de miopia, o chamado alto míope, que têm a retina frágil e afinada, pacientes diabéticos, vítimas de trauma ocular contuso (ou que envolva movimento brusco da cabeça – como o Bungee jumping) e pessoas acima de 60 anos de idade.
O resultado da cirurgia não depende somente de reposicionar a retina de maneira adequada. Por mais que a anatomia normal da retina seja restabelecida, isso ainda não é uma garantia de que o funcionamento do tecido será de 100%. Algum grau de dano celular definitivo é muito comum nestes casos, uma vez que as células da retina são derivadas de neurônios (células do sistema nervoso). Alguns casos podem evoluir com perda mínima, quase imperceptível, da qualidade da visão em relação ao outro olho, enquanto em outros, pode não haver recuperação satisfatória da visão ou até não ocorrer recuperação da visão.
Nesse estudo, os resultados promissores ocorreram em pacientes que apresentaram descolamento de retina de início muito recente e causado por uma única rotura de retina localizada nas partes mais superiores do olho. Outros tipos de descolamentos de retina podem necessitar de combinação de técnicas para o tratamento.
Fonte: https://doi.org/10.1016/j.ophtha.2018.11.014