Em 1991 nosso Banco e Olhos bateu recorde de transplantes realizados com sucesso em Três Lagoas! As condições que não eram favoráveis na época não nos impediram de nos destacar e sair nos jornais. Além da tecnologia ainda não ser favorável, conseguir doadores de órgãos era muito mais difícil. 🤓💙
Confira a matéria completa: 😉
“O Banco de Olhos de Três Lagoas já realizou sete transplantes de córnea este ano. O número de transplante é recorde, uma vez que a melhor performance até então, foi nos anos de 1988 e 1990 quando o Banco fez 5 transplantes.
No último dia 08, o diretor clínico do Banco, o médico-oftalmologista Marco Antônio Bonini realizou no Hospital Pronto Socorro Remo Massi dois transplantes a partir de córneas obtidas através do Banco de Olhos de Dracena SP. Segundo o médico, as duas pacientes, uma mulher de Três Lagoas e outra de Andradina, reagiram muito bem aos transplantes, e já recuperam a visão. Bonini explicou ao JP que considera mesmo esse resultado recorde, muito abaixo do ideal, uma vez que se encontram na fila de espera do Banco de Olhos atualmente, oito pessoas.
A falta de córneas para transplante é um problema que sempre assolou os bancos de olhos brasileiros, e no caso de Três Lagoas, contrasta com o número de doadores inscritos no banco (cerca de 2 mil) e ainda mais com o número de óbitos que ocorrem mensalmente na cidade (entre 30 e 40 em média). Para o oftalmologista, o principal problema ainda é a falta de conscientização dos familiares que na maioria das vezes não se importam em avisar o Banco e, até em alguns casos, são contrários a remoção das córneas. Segundo o medico, as córneas são os órgãos humanos mais fáceis de serem transplantados e que apresentam os mesmo e que apresentam os menores índices de rejeição. As córneas podem ser retiradas até seis horas após o óbito desde que se tome o cuidado de fechar os olhos do doador e cobri-los com compressas de gelo, caso esse cuidado simples não seja tomado, o tempo para se retirar as córneas cai, em media, para duas horas. Após a retirada das córneas, o oftalmologista tem, de acordo com os recursos que dispor, de 12 horas a uma semana para efetuar os transplantes.
O Banco de Olhos é uma entidade da sociedade civil sem fins lucrativos e conta com uma diretoria executiva formada de não médicos e de outra clínica.
A Diretoria Executiva é atualmente presidida pelo empresário José Paulo Rímoli e a Diretoria Clínica pelo médico oftalmologista Marco Antônio Bonini, as diretorias são eleitas através de votação de um colegiado com mandato de dois anos.
Qualquer pessoa que deseje doar seus olhos deve fazê-lo se dirigindo ao Hospital Pronto Socorro Remo Massi fone 521-2871, ou mesmo procurando o seu próprio médico oftalmologista (oculista).
Bonini alerta para que todos aqueles que já doaram ou pretendam doar seus olhos, deixem expressa sua vontade junto a seus familiares, sendo isso, muito mais importante até mesmo que a carteira de identificação do doador, uma vez que esta, por si só, não garante que a doação seja efetivada, o que só acontece se houver a colaboração dos familiares e amigos mais próximos.”